1.27.2010

eu to naquele meio de caminho
e logo ali na frente a estrada se divide em varias
e eu vou ter que escolher

ando bem devagar agora
fingindo que quase corro
dizendo que corro
mas bem devagar eu ando


e logo ali na frente a estrada se divide
se divide
e vou ter que escolher

bem mais fácil é
eu voltar pra trás
bem mais fácil

logo ali na frente a estrada se divide
e vou ter que escolher

1.22.2010


triste.

1.19.2010


suas mãos tocando no ar e tudo vira música
ao seu redor e dentro e mim

e dentro de mim agora sou cor num tom especial
sou música no tom certo
dentro de mim sou quase você,
(porque você tá aqui comigo o tempo inteiro)

mas eu quero mais, egoísta que sou
quero seu corpo e seu gosto e sua voz e seus cabelos
e seu cheiro e sua risada e seu olhar de menino e de homem...


com suas virtudes, seus defeitos e tudo que faz parte de você e da sua história,
só você
só você

é a resposta de todas as perguntas que eu (nunca) fiz...
sempre...




1.14.2010

achei por aí

Algumas pessoas chamam de amor esse querer escravo, e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada. Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado, mas é exatamente o oposto. Para mim, que o amor se manifesta, a virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construido, inventado e modificado, o amor está em movimento eterno, em velocidade infinita, o amor é um móbile. Como fotografá-lo? Como percebê-lo? Como se deixar sê-lo? E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine? Minha respota? O amor é o desconhecido. Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o amor será sempre o desconhecido. A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação. O amor quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante. A vida do amor depende dessa interferência. A morte do amor é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta. Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos e nós preferimos o leito de um rio, com inicio, meio e fim. Não, não podemos subestimar o amor. Não podemos castrá-lo. O amor não é orgânico. Não é meu coração que sente o amor. É a minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espirito. Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas. O amor brilha, como uma aurora colorida e misteriosa, como um crespúsculo inundado de beleza e despedida, o amor grita seu silêncio e nos dá sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do amor, se estivermos também a devorá-lo. O amor, eu não conheço, e é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o amor a navega. Morrer de amor é a substância de que a vida é feita, ou melhor, só se vive no amor. E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.

(moska)

1.13.2010

Tom

Você faz a trilha sonora da minha vida
ser uma canção dessas
com a batida do coração acelerado

é soltar os cabelos
rir
sentir a luz
e ver estrelas

trilha sonora
de coração no tom perfeito


1.12.2010

"o amor é bom...
não quer o mal....
não sente inveja ou se envaidece..."


sem amor eu nada seria, diz a música.
E isso eu disse a vida toda.
amar demais tb é um erro.
amigos, filhos, família, pessoas.
pessoas.
pessoas são cada vez mais complicadas.
elas vêm e vão, assim como eu também vou e venho...
sou de fases como a lua eu sempre disse -
e que são essas fases?
meu humor?
isso é no mínimo normal.
minhas fases são de pessoas, eu acho.
de lugares.
das emoções que as vezes eu solto e as vezes tranco em jaulas blindadas,
como se fossem feras perigosas.
as vezes sei que são mesmo.

fazer as malas e partir nem sempre é fácil,
nem sempre é a melhor saída, nem sempre é o que deveria ser.
mas ficar e deixar que cresçam as tais raízaes que me cobram tem o mesmo peso.

talvez a lua fosse uma cigana?
talvez a cigana ousasse ser como a lua
que linda e imensa brilha no céu,
inspira os sonhos mais românticos e também grandes passos do homem,
sempre lá,
e sempre só.

satélite.

eu sou um satélite.
com fases negras e claras,
que influencia o planeta com as marés, o clima, traz e leva furacoes, tornados, tsunamis.
eu sou assim mesmo.

e é isso aí.


é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.

1.10.2010

"Atração é o ponto inicial de todo amor. Esta atração pode ser física, bem como mental. Somente aqueles que estão apaixonados decidem o limite do amor.
Amor platônico numa definição intelectual, é um relacionamento bonito e amoroso entre um ser do sexo masculino e do sexo feminino, em que sexo não acontece. Amor platônico seria um fechamento mental de duas pessoas em que sexo não funciona, mas existe um sentimento escondido de amor. Como estas pessoas são mentalmente fechadas umas com as outras, o amor gasta tempo até ser dividido um com o outro, em seus corações, nunca em seu corpos. Quando duas pessoas se encontram sem nenhuma expectativa, se entendem e dividem seus sentimentos, posteriormente podem estar numa relação de amor, sem que haja lugar para a necessidade física; o chamado amor platônico.
Amor platônico é uma forma da amizade dar satisfação mental. Um indivíduo necessita de um amigo quem possa amá-lo sem nenhuma expectativa, que possa fornecer um ombro para recostar-se. Esta amizade é chamada de amor platônico porque neste sentimento a atração mútua também está presente." (Self)

1.07.2010

"Morre lentamente quem não viaja
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente,
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente,
Quem se transforma em escravo do hábito,
Repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor,
Ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente,
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
E os corações aos tropeços.

Morre lentamente,
Quem não vira a mesa quando está infeliz,
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto,
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos…"




Pablo Neruda