era o teu olhar no meu
e
de repente era eu tão grande
cavalos selvagens percorrem a paisagem
cavalos selvagens pela areia
em outra era,
tua mão forte segurando a minha
e nossos passos,
o deserto
era meu coração pulsando ainda...
já em suas mãos
e num dia frio
o fogo ardendo na lareira
a fumaça pela chaminé
as crianças correndo e chorando
o mundo cinza porque você se foi
era um outro mundo onde eu estava
e estava lá também
e um dia olhei de novo aqueles olhos
e
no túnel do tempo entrei
pude ver todos os tempos num só tempo
no ritmo do pulsar que achei ser do meu peito, meu corpo, meu coração...
olhei no espelho e era você
cabelos ao vento percorrendo a paisagem
cavalo selvagem
voltei ao agora e ali estava
bem do meu lado
tão longe daqui
era o filho
era o pai
era o homem
era a luz
e sombra...
se fez quando meu coração
na tua mão
sangrando
ardendo
pulsando
ainda
o frio do dia
não aquece com o fogo da lareira
o sol se vai e leva tudo quanto me podia valer
crianças correndo e sofrendo
e agora ela também se foi
essa dor vai me consumir no tempo
essa dor vai te encontrar no tempo
cavalos selvagens pela areia
cavalos selvagens...
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