9.25.2005

amo essa música! :D

Agora vamos ter
os girassóis
Do fim do ano
E o calor vem desumano
Tudo irá se expandir
Crescer com as águas
Quiçá, amores nos corações
E um santeiro,Milagreiro
Prevê a dor
De terceiros
E diz que a vida
É feita de ilusão
E um santeiro,
Milagreiro
Prevê a dor
De terceiros
E diz que a vida
É feita de ilusão
Aquela que um dia o fez sonhar
Se foi com o outro
No dia em que os dois
Se casariam por amor
Ele aluou
Hoje o seu pesar
Cintila nos varais
Usou as sete vidas
E não foi feliz jamais
Toda a imensidão
Passou pela vida
E foi cair na solidão
Mais um santo para esculpir é o que lhe vale
Pra evitar que o rancor suas ervas se espalhe

9.20.2005

um novo tempo?

desistir não é fácil.
mas percebo que dói bem menos...
apagar aki e ali, guardar aki e ali, sorrir um tto mais....
colo de mamãe ajuda. conselho tb - ouvir de novo td q jah ouvi e e ver q era mesmo assim. com o tempo td se estabiliza... verdade.
ao menos aki não morro na praia, nao espero q toque o telefone mto menos passo o dia enlouquecendo.
amigos que sorriem tb aquecem o coração. a tia, o primo, a prima.
mil coisas p separar, para arrumar.
tempo que falta pra tanta coisa, tempo que sobra p tanta coisa.
um susto aki e ali
e sobrevivo!
e vivo!
logo a primavera chega...
e vou plantando flores no meu coração :)

eu to: acordada.
ouvindo: cássia eller

eu desisti.

9.18.2005

acabou minha angústia no momento em que você me disse um não.
foi o não certo, foi o não que eu queria ouvir.
Agora sereno meu dia
junto ao sereno da noite.
já sei que é tão meu quanto sou sua,
basta o tempo revelar a hora exata em que vamos
afinal
encontrar o outro verbo.

9.13.2005

...

meu sangue arde em chamas quando penso em ti...
tua alma invade a minha sem pedir licença
vem e apodera-se de meu ser
gera espectros de calor em torno de meu mundo
ferve meus poros
explode minhas angústias
dissipa minhas dores...
tua alma invade a minha sem nenhum receio
sabe que sou tua
conhece meus desejos...
e teu corpo procura o meu, em algum outro mundo
onde também o meu busca, insano, tua pele...
ardentes
ávidos
anseios...
teu calor invade meu ventre
altera meus pulsares
destroça minhas certezas,
me invade:
tu me invades.
e a ti também incendeio
a ti também reviro e destroço
flamejantes encontram-se nossas almas
como se carne possuíssem no universo paralelo (que criamos)
e unem-se
fundem-se
extasiam-se...
sou tua...
és meu...
mesmo que por um único instante
mesmo que único, o surto
....
e acordo do sonho
com a pele ardendo
o suor escorrendo
a carne vibrando
e tua forte impressão
dentro de mim...

9.11.2005

...

"
no teu olhinho de criança
o menino que cresce
o céu que desaparece
o mundo
e dois corações que pulsam:
um eu,
um seu"




ps.:
adoro esta. e odeio tb. há quem saiba o porquê.
você vem do nada,
como quem não quer nada -
vem e me invade.
depois vai, assim como que para o nada
que deseja que eu pense?
com certeza suas cartas são sempre as melhores e bem marcadas
difícil mesmo é acreditar
que você, comigo, não está jogando...
por um instante
encontram-se nossos desejos
fundem-se nossas auras...
por um fragmento de realidade
sonho teu olhar orgástico
tua energia delirante
e desenho nossos corpos em chamas...
por um momento nos devolvemos a alquimia e o devaneio
por entre luz e sombra
por um rosto no escuro e um pedaço de carne em brasa...
alucinação
devolve-me a magia
e arranca-me de ti
sem mais
nem menos
um riso...
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meu coração se desfaz
em pranto e dor
sangue percorre minhas veias
como se alfinetes em brasa pelo meu corpo...
a imagem: anjo percorre as ruínas do universo paralelo buscando o fio que se partiu

nós

teu gesto meigo
e aquela cara de mau
o riso zombeteiro de menino
a fome voraz de homem feito
os versos copiados
as palavras treinadas
o corpo suado
a voz morna
o sonho calado
transformado
a música distante
coraçao errante
eu
nós
nós bem feitos que se dissolvem pelo absurdo
acho que vou morrer.
mas eu sei que suportarei mais esta peça do destino e logo ressuscitarei.
bom para descobrir
que palavras
são mesmo
nada mais que palavras
que o vento leva.
destrói.
só nao destruiu ainda as marcas em mim...
mas eu me recupero.
pode apostar que sim.

perfume

Emaranho-me nos fios dos teus cabelos
entranho meus pêlos no teu gozo e
estranho a leveza do teu riso
suor e desejo e malícia -
o brincar maroto de quem segue a vida
sem deixar pra trás o sonho que viveu
o amor que não morreu
- nem tampouco sobrevive -
refaço meus versos no absinto do teu cheiro
reponho meus risos na boca que beijaste
retardo meu choro para que não saibas...
e na tua pele tenho meus carinhos
no teu corpo, o meu
no vento que sopra, o calor do amor revivido
- e o perfume da alma, que sorri

mais....

meus pés ardem por novos caminhos
e buscando eu sigo pela areia
vago, as vezes só, as vezes comigo mesma....
e sonhos e tormentos e pesadelos e consolos novos e velhos amores e dores que me acompanham....
alguns são fantasmas, outros trazem mensagens muitas vezes de mim mesma.... aquela que fui ou serei...
pelo tempo q passa...
areia sob meus pés...
água morna q molha meus pés...
fui outra...
vivi outras...
amei a quem passou
odiei e cancelei as crostas de pele que se queimaram, me queimaram e levaram-me...
sigo pelo sol
sigo sob a lua
alcançando por "quandos" algumas estrelas...
sigo sobre meus passos
e por essa
encontro outros passos
encontro outras sombras
vivo mais uma vez outras
sou muitas
sou para ti o que desejares e para mim o que mais me convém
sou para ti anjo e feiticeira
fel ou mel
o que mais me convém
mas quero que saiba
desses teus encantos e feitiços
o que mais gosto
é exatamente daquilo em que me transformo... para submeter-me a essa magia...
sigo sob a lua
correndo suando cantando amando buscando
sigo
sendo outras ou
eu mesma...

vou postar poesias antigas.... uma após a outra.

Esse deus saiu.
Esse deus não é real.
E eu até rezava por você.
Simplesmente mate o homem
Ele não tem nada a dizer
- e você vai saber
.................................................
- agora ele está morto.
- A vida é tão curta...
- Agora Deus foi embora (boa noite, feche tudo)
- Eles não deveriam conhecê-la chorando...
Antes ninguém voltaria a essa hora.
Amanhã realmente não haverá problema (s).
- Muito tarde.
- O tempo está indo...
- Adeus a todos, eu tenho que sair.
(nada importa, ninguém está vendo).



As coisas fora dos lugares e
as palavras sem ordem
Andei por aí
o vento na cara e
os sonhos atirados no asfalto -
voltei para casa e tudo continua
fora do lugar:
desde aquela tarde....
eu tentei falar com alguém,
mas não havia quem.
Não saberia o que dizer e
fiquei andando em círculos
por aí.
Umas lembranças afiadas,
nas mãos,
e o seu corpo que não sai.
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Ausência

saudade
transporta-me
a uma dimensão
esquecida.
transporta-me
ao passado longe
devolve
seu olhar...
rendo-me
e a dor acorda:
seu olhar desaparece.
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Parou a chuva.
o sol nasceu
já não sei
quem era quem
ou se éramos um só.
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depois
de tudo
ainda não deu
pra perder
as
imagens
claras
na
minha
mente
o jeito sério
dos teus olhos
caçoando
de
tudo.
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olhares perdidos e amanheceu,
foram-se as estrelas e
a lua que eu amo...
abro a porta e o sol escurece minha
vida, que te ama noite,
estrela e lua brilhantes...
Foram-se as estrelas,
os perdidos
olhares,
as pessoas e sobrou
seu cheiro,
seu pó de luar
e sonhar...




Dentro da noite
um céu fica rubro:
um rubi
ou uma taça de sangue
entre trovões de dor
sinto seu calor
ouço sua voz
e lágrimas cinzentas
sem querer
dixam transparecer
todo tormento em meu peito
é o escuro dos seus olhos
rastejando minha alma
e punindo meu silêncio....
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seus passos
são lentos e certos
o rumo é indefinível
como quando se foge
como quando se luta -
o olhar é calmo e
persuasivo -
olha as almas, vê além
do horizonte
como quem (pro)clama
como quem chora
cada gesto vem
do longo abstrato
perigoso abismo
do nada - do além
como quem paga
como quando se vende
a agonia.

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a criança rua
seu olhinho rima
a calçada nua
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1991
A bolita
caiu no buraco.
o germe colheu a fruta
(comeu)
a folha secou ao sol.
crianças pelas calçadas
jogam-se
nos rios nas ruas
a bolita causou espanto
a fruta foi engolida
a folha...
o vento levou.
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A folha seca atravessou muitos mundos
viu muitos
pairou – caiu – perto, bem perto
do buraco
a cova cavada
p´ra criança crescida
que ninguém sabe
- talvez por menos que uma bolita –
jorrou um rio de sangue pelo peito
e agora
será engolida pela cova
e comida pelo germe,
como a fruta.
A folha apodreceu
e virou adubo.



TRÊS
Substrato
Abismo
Fundo,
Funde
Meu ferro
E minha dor.
Escreve
Minha alma,
Descreve
Seu pudor...


Sorriso afável,
Paixão...
Sutil chegou,
Conquistou-me.


1993
fechada nesta sala
resta apenas uma vítima.
Depois da porta – que vou abrir –
É uma boa noite pela rua e
Não basta dizer adeus...
Porque há alguém
Falando do céu,
Um pouco mais,
Dentro desta xícara –
E depois de fechar a porta
Não haverão mais tentativas para o inferno.
Amanhã é muito tarde para chorar...
Para dizer adeus.

1994
De vez em quando eu olho para sua pele branca
E penso no meu cigarro para queimar
Ou a faca deixando escorrer o sangue...
Mas essas coisas são daquelas que não se fala,
Umas vezes por vergonha,
Outras por medo
... comer seu corpo, lamber seu sangue...
dopar-me de orgulho e desprezo...
Tudo muito relativo.
Mas ainda assim penso no sangue
E suas referências,
Bebo algum vinho e deliro quente
Que seu corpo assola minha carne
E a devora como eu queria:
Sem raça, sem culpa...
Algo...
Você sabe.
Todos sabemos.
Mas essas coisas,
São daquelas que não se fala.



ZERO ZEN
Silêncio escuro,
Luz
E sombra
Corpo e
Alma
Unidos
Céu e mar...
Renúncia,
Puro acordo.
Alma verde
Dicotomia
Véu sem dor...


97
nada dura para sempre
vamos voar bem alto
pois o sol, daqui a pouco
já vai se pôr.
Eu gamo no seu sorriso
E quero tudo agora
Não me diga que as folhas,
Os ventos as levam
Pois eu sei,
Mais até que passe por sua cabeça
Que nada dura para sempre
E só agora eu vejo
Todas essas sombras com você
Toda a sombra da noite e
Da solidão, pois
Nada
Dura para sempre.


Ela acende a vela
Seu rosto ilumina
Sorriso cadente
Coração displiscente




Você
Ta sempre sorrindo
Gargalhando p´ro além
Dando abraços em qualquer um
Mas eu,
Eu sei,
Nada além desse vazio
Que lhe tem,
Você é.


1993
vi teu rosto rindo
de repente não mais nada
eu estava chorando...
o quê te pareceu a arma apontada?
A rua vazia,
Os corpos jogados,
E o fogo ainda queimando...
O quê te pareceu meu corpo caindo?
Talvez não tenhas visto...
Mas eu entrei no túnel do tempo esgotada
E vi teu rosto rindo...
E queria acordar...
E queria correr...
Por quê o futuro se pareceu tanto com o passado?
Continuarei tocando baixo
Sem raciocínio,
Só porque eu vi aqueles fogos
E a tua luz...
Aqueles corpos esquivando-se...
Era como na guerra, meu bem
Eu me senti cair
Porque queria vê-la, onde foi que nos perdemos?
Onde foi que...
Vi teu rosto rindo.



9.10.2005

de volta pra mim

andei andei andei
corri corri corri
e até voei
tentando fugir sair esquecer
e tudo o q fiz foi lembrar e nutrir cada vez mais
isso não é pra rimar
isso é pra quase enlouquecer
e fui afundando em meu próprio caos
até ontem.

Um insight desses de deixar zonza
me mostrou:
hora de parar.
hora de desligar.
desliguei.
Fechei as portas, as janelas, as cortinas e saio de mansinho
pelo porão

porque eu fui até o meu porão
chorar feito criança desmamada
lavar a alma
e agora eu voltei
pra mim mesma
e pra onde eu piso firme no chão.

sei que as feridas vão se fechar com o tempo
sei que a dor vai passar
só não sabia que eu estava ali cutucando a ferida dia a dia
noite a noite
hora a hora
quando me dei conta

montei o curativo e
me dei o antibiótico.
agora é só viver....


eu tô: acordando
ouvindo: meu cd quase furado do Led Zeppelin

and she´s buying a stairway to heaven....